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Mensagens

A mostrar mensagens de 2010

Não fiz/deixei de fazer em 2010

Várias coisas, claro. Minha meta principal, na passagem do ano passado para este era uma meta guarda-chuva: tornar-me uma pessoa mais organizada. Óbvio que não havia nenhum desejo de me tornar uma pessoa com TOC de arrumação, mas melhorar nesse quesito. Adivinha o que aconteceu? Bom, a resposta está no título deste post. No instante em que escrevo este texto, meu e-mail do Gmail está ocupado em 94%, e tenho 5.894 e-mails não lidos. O da EBC e o da Rádio Justiça estão estourados, ambos. Comprei uma agenda no começo do ano e até a usei... Por uns três meses, vá lá. Uma estagiária que trabalhou conosco dizia que os desorganizados sofrem demais, e é verdade, afinal nunca sei onde está nada e encontrar qualquer coisa é de uma dificuldade absurda. Uma meta que me impus era a de preparar uma agenda telefônica de papel, para anotar meus contatos. Parece antiquado, mas é bem importante para qualquer jornalista. E ainda que se fale em agenda virtual e etc, a de papel é insubstituível, afinal,

Resoluções de ano novo

So good. Chega essa época do ano e, é inevitável, faço aquele balanço do ano. Tenho a sorte de, desde 1995, só ter saldos positivos nessas avaliações. A propósito, aquele ano foi o de mudanças drásticas e terríveis na minha vida: perdi a minha avó, que me criava até então. O Santos perdeu o campeonato brasileiro e eu me mudei de Santos, uma cidade que é mega legal, para Alfenas (MG), que é bem legal, mas eu não tinha nenhum motivo pra crer nisso à época. E este? Pra fazer um balanço melhor, eu teria que reler cada e-mail da lista dos meus amigos da Saudosa Ordinária - uma trupe de seis pessoas que só se comportam/fazem/falam/pensam/escrevem merda. É que esses amigos, fora a Pri, são de minha convivência virtual quase diária. Com eles, compartilho os principais fatos, tudo enfim. É bom. Mas eu não vou fazer isso não. Se eu puder resumir esse ano a uma palavra, ela é: trabalho. Fiz um cálculo rápido, que me trouxe conclusões terríveis. Olha só: O ano tem 365 dias, sendo que 104 deles, em

Bienal, em uma imagem

Bienal 2010: há sempre um copo de mar para navegar. Eu estive lá e vi isso. Incrível.

Ele foi ali, encontrar Saramago

Eu não tenho idéia do que deve ser a biblioteca do Arrais. Sei que tem Mário Vargas Llosa, Roberto Bolaño, Mia Couto, Isabel Allende. São apenas alguns dos autores que ele indicava, lia, relia e reindicava. Na nossa última conversa, insistiu para que eu lesse Alan Pauls, recente descoberta dele. E eu indiquei o João Almino, sobre o qual ele já havia ouvido falar, especialmente de sua trilogia de Brasília, mas ainda não tinha começado a ler. E me disse que a minha birra com o Saramago tinha uma explicação simples: não era lendo o Evangelho Segundo Jesus Cristo de cara que eu iria entender, aceitar e gostar do autor que agora deve estar bebendo vinho com ele, nessa nova dimensão para onde partiu o meu amigo ranzinza. Arrais se foi aos 64 anos, na noite deste 14 de setembro, quando assistia televisão com sua esposa em casa e teve um ataque fulminante. Nessa mesma noite, quando eu terminava o expediente e ele também, nos esbarramos no corredor da EBC, e eu, apressado, só pude cumprimenta

O que faz você feliz?

Então. Eu já disse que gosto muito de Brasília aqui? Talvez não, porque costumo não falar muito nisso. Gosto, gosto mesmo. E desde março, tenho andado bastante de ônibus aqui, redescobrindo e resignificando essa cidade. Primeiro, os ipês. Impressionantes, a princípio os rosas, agora os amarelos e já alguns brancos. São bonitos e borbulham na cidade. Depois, os flamboyants, que começam a se exibir, ainda envergonhadamente e já vermelhos. Mas uma das coisas mais bonitas que eu já vi nessa cidade eu não vi de ônibus. Eu vi de carro mesmo. L4 Norte, já quase na Vila Planalto, e no carro à frente, um pássaro grande dá rasantes, tentando acompanhar a velocidade. Não consegue e tenta rasantes no meu. E passa do meu lado, vejo pelo vidro - àquela hora da manhã fria, bem fechado - que não era um pássaro desses normais do dia-a-dia. Era um belo exemplar de arara, daquelas vermelhas com azul e a cara branca. Onde mais eu teria isso? Outra vez, indo pra Águas Claras, naquela pista de fronte

A paz

É, talvez, a única circunstância para a qual é necessária a construção. Porque, nas demais situações, basta que falte o bom antônimo. Exemplo: o escuro é a ausência do claro. Maldade é a falta de bondade. Mas a paz não é a ausência da guerra. A paz só é possível em consenso. Eu vivo em paz, porque não armo confusão com ninguém, não encho o saco alheio e, como disse, às três pessoas que detesto nessa vida eu desejo mais é... Paz! Por isso, não falo delas nunca, a não ser que tenha que me defender. Mas não vou mais nem me defender. Deixarei que digam, que pensem, que falem, que escrevam, que se fodam. A minha alma pode até estar armada e apontada para a cara do sossego, mas na minha paz, ninguém tasca.

Mandar tomar no cu ofende a sua honra?

Não sei quanto a sua, mas te digo que quanto a minha... Não, definitivamente. Posso não querer olhar na sua cara depois, mas te processar por isso seria, pra dizer o mínimo... Bobagem. Estou escrevendo isso para você, que chegou a este blog por meio do link do blog do Mamcasz, e teve a curiosidade de ver o quê, além daquele post-resposta para o post mais idiota que já tinha lido na vida, tem escrito por aqui. Óbvio que ler aquele blog não está entre as minhas atividades cibernéticas mais frequentes - há uma lista aqui do lado com indicações das mais interessantes em termos de blog. Mas no canto direito inferior deste blog, você pode encontrar o selo do SiteMeter, que uso para "aferir a audiência" desta página, e o sistema me indicou que alguns visitantes estariam vindo pra cá por meio de um link naquele blog. O que eu posso te dizer: pessoas existem, sob pseudônimos, metáforas ou referências quaisquer, mas elas existem. Se eu falar Picolé de Chuchu, você vai saber que est

Take 2 da cena sobre racismo

Então. Em abril, eu presenciei uma cena de racismo numa agência do BRB na Asa Norte. Contei aqui, mas caso esteja sem saco para ler o texto inteiro (apesar de achar que ainda vale a pena, é só clicar ), vou resumir: uma senhora impaciente de ter que esperar pela fila se dirigiu, grosseiramente, à atendente negra, culpando-a da pouca celeridade do atendimento por causa de seu tom de pele. Pois então. A minha amiga Ju (ponto) Nunes leu essa história e foi lá. Ela milita no movimento negro e, com outra mulher do movimento, foram à agência e comversaram com ela. Um mês depois da cena. Naquela semana, pela primeira vez, ela conseguia falar sobre o assunto sem chorar. Racismo não dói na pele, dói na alma. O gerente da agência, também negro, as recebeu com interesse. Ali, acertaram um processo por racismo para o qual topei testemunhar - e assim o farei, logo que requisitado. Estou vindo aqui, meses depois de saber do desdobramento, contar essa história porque sempre acabava me esquecendo

Dois meses, grana e férias

Um espirro e pá, lá se foram dois meses da última vez em que escrevi aqui para hoje. Passou assim, na minha vida. E na sua? Não parece que o tempo está a cada dia mais rápido? Ok, clichês. Adoro clichês, então foda-se. O que você fez nos últimos dois meses fora torcer para o Brasil, e depois de sua eliminação, para uma outra seleção qualquer? Eu trabalhei igual a um maluco - de verdade, entrando às 6h no ar, ficando até 8h, editando programa, entrando de novo às 10h, saindo, editando mais... E indo pro emprego 2 e me fodendo trabalhando mais um bocado. Daí o sumiço. Talvez essa maré tenha passado, então, é nóis aqui outra vez. O meu amigo Paulo Palavra costuma dizer que todo babaca tem a vida atribulada. Nesse conceito, sou um completo babaca. Chego até julho de 2010 sem conseguir resolver minhas questões financeiras. Por isso, se acaso chegar à sua caixa um e-mail meu pedindo dinheiro emprestado, NÃO É VÍRUS. Bom, por via das dúvidas, me responda, só pra eu passar os dados bancári

Santos 98 anos

Então. Eu sou santista. De nascimento, não de time. Quer dizer, a princípio, era sim, de time também. Foi assim até 1995, quando o Santos perdeu para o Botafogo do Túlio Maravilha a final do Campeonato Brasileiro. Perdeu, não. Deram o perdido. Impediram um gol correto do Santos e omitiram um gol impedido do Bota. Me lembro de ter sofrido como torcedor fanático, de ter querido jogar a minha camiseta do Santos fora e do meu então padrasto me pedindo a camisa para que pudesse usar de pano pra lavar o carro. Sei que, no dia seguinte à derrota, ainda com a cara inchada de chorar (eu tinha 11 anos), decidi que sofrer por futebol era pior do que sofrer pelas crianças da Etiópia: o fundamento do sofrimento 2 era mais nobre, mas ambos os sofrimentos eram vãos, eu não poderia fazer nada. Além do mais, enquanto eu sofria, os caras estariam cagando pra mim e eu não ganharia nem um real com isso. Parei de torcer. Mentira, em 1997, torci pro Grêmio do Paulo Nunes. Em 1999, quando surgiu na série A,

Meio triste

Dias bonitos me deixam meio triste. Fazer o que é preciso e não o que quero me deixa meio triste. Ser dia 13 e já estar completamente sem grana, fico triste. Querer ir embora e saber que não dá? É meio triste pensar. Tentativa de escrever poesia e ficar ruim me deixa triste. Escrever, às vezes, me deixa meio triste. Mas escrevo porque tenho medo de esquecer. E esquecer das coisas me deixa triste.

Pago seu IPVA. Pergunte-me como.

Basta que comprove, junto ao Detran, que mora na minha casa! Daí, ano que vem, pago seu imposto sem comunicá-lo e tudo de uma vez! E quando digo tudo de uma vez, digo cota única, licenciamento anual e seguro obrigatório. Tô ficando louco, você deve estar pensando... Eu também acho, ou melhor, ACHAVA que jamais faria uma merda coisa dessas. Achava, do verbo não-acho-mais. Porque fiz. Salário na conta, quinta passada resolvo ir a um caixa eletrônico do Banco do Brasil perto da minha casa - estava de molho a semana toda por conta de uma conjuntivite - e pego aquele carnê de IPVA, que confortavelmente chegou à minha caixa de correio, comprovando que sou dono de um Pálio Fire Flex 2008. Ok, sou mesmo. Dica: não olhe só este dado num documento. Nunca. Preste atenção nas minúcias. Claro que a improbabilidade disso acontecer com você é gigante, mas comigo aconteceu. Fato é que aquele documento não era do MEU carro, e sim, da antiga dona do meu apartamento. E como ela tem leasing, o carnê

Racismo, o horrível racismo

Eu nunca havia presenciado uma situação de racismo. E, embora não me reconheça como negro, meu tom de pele não nega a negritude de meus antepassados, por isso, me indigno com racismo como se o preconceito fosse direcionado a mim. É impressionante chegarmos ao século 21 e alguém ainda achar que o fenótipo das pessoas é lá grandes coisas ou pré-estabelece capacidades. E racismo, além de doer em mim por reconhecer negros entre meus antepassados, dói pelo tamanho da decepção que provoca - fico menos crente na raça humana quando sei de algo do gênero. Pois hoje, tava eu no BRB, pra pagar umas multas atrasadas. Fui tranquilo, levei um livro porque sabia que ia demorar, e li, li, li... Mais de uma hora depois de chegar, fui atendido. E no momento em que eu era atendido, uma senhora gorda, branca e baixa (em todos os sentidos), se aproximou do caixa ao lado do meu, em que a atendente era negra. Disse algumas palavras inaudíveis pra mim. Não para a atendente. Ao que, no mesmo instante, ela leva

25 de março!

Pra quem não sabe, 25 de março é a data em que foi promulgada, ou melhor, outorgada no Brasil, a primeira Constituição. Por isso é que uma famosa rua de São Paulo, popular centro de compras, leva esse nome. Eu, como qualquer bom homem que detesta compras, detestaria passar um dia inteiro atrás de sabe-se-lá-o-quê, de loja em loja. E nas poucas vezes que pûde aproveitar São Paulo, não tive que passar nem perto de lá. Quer dizer, uma vez passei. Desci o outro inferno que é a Ladeira do Porto Geral, uma das transversais da 25. Rumava o Mercado Municipal, portanto, apenas cortei a famosa rua. Nada vi, porque nada queria ver. Mas o que esses locais infernais e sufocantes mega cheios sempre tem de bom são os figuras. Como esse aí, da foto. Um artista popular que vive a fazer os outros sorrirem. Então, ainda que eu te odeie, parabéns, 25! A foto é do Cleber Machado, no Flickr Ok, isso aqui é muito mais parecido com um comentário para o Drops Culturais, blog ao qual estou me dedicando muito

Take on me

Hoje tem show do A-Ha. E eu vou. Ok, de um set com média de 22 músicas, já adicionadas as três de bis, eu conheço male porcamente sete. Mas sabe male porcamente? Pois então, perdi uma caralhada de shows internacionais ultimamente, não podia perder mais esse. Depois eu conto tudo aqui, ok? Melhor, não vou contar aqui não. Eu reempolguei com o Drops Culturais, espaço muito mais adequado que esse, ok? Passa lá: http://www.dropsculturais.wordpress.com/ Eu e uma turminha eletrizante do barulho esperamos por você!

Bom dia!

Uma das minhas críticas a esse 'jeito brasiliense de ser' é quanto aos recalques nossos de cada dia. Dentre eles, destaco a dificuldade de se dar um 'bom dia'. Isso não te impressiona? Quando falo de jeito brasiliense de ser, falo sobre coisas daqui que são impressionantes, mas muito bem toleradas. Exemplo: atendimento. Não é péssimo, em todos os lugares? Restaurantes, bares, hospitais? Pois o que mais me incomoda é essa dificuldade ao se responder 'bom dia'. Para chegar ao trabalho hoje, cumprimentei o motorista do ônibus, os porteiros, duas seguranças. Apenas uma faxineira que limpava a redação me respondeu. Não é intrigante? Essa falta de costume de se dar bom dia é tão latente que, três meses após me mudar para Brasília, em 2001, voltei a Alfenas (MG), onde morava. Ganhei um bom dia de uma senhora que voltava da feira. Ao responder, parei no meio da rua e constatei: há três meses não escuto um bom dia. Que saco! Então, vamos lá: bom dia, gente?

Pro dia nascer feliz!

O sol apareceu, tornando o céu de Brasília claro e sem nuvens. Ao contrário de ontem, quando, muito foi se houve meia hora de trégua das águas que insistiam em cair, ora fortes, ora fracas. Meio que lavando a alma do brasiliense e dos aqui radicados. É, parece até poesia, mas é isso mesmo. O clamor estudantil, durante os protestos, pedindo "Arruda na Papuda, PO no xilindró" parece tornar-se mais factível. Supremo dando o tom do drama, acompanhado do tempo nublado e trovoante. Nove votos a um, o governador-picareta continua preso. Bonito foi saber que teve gente que assistiu à transmissão do plenário, pela TV Justiça, como que a um jogo de futebol, vibrando a cada "gol" - os votos dos ministros do Supremo. "Depois da tempestade, sempre vem a bonança" é pensamento bíblico. E a bonança que paira hoje sobre a cidade só vem aliviar a minha tensão: vou viajar de avião, e o céu limpo traz garantias de menos turbulência. Uff. Mas o meu desejo mais sincero é que a

Março com Coca e alecrim

[leia ouvindo: Águas de março , com Tom e Elis] Termina fevereiro, começa o mês das águas que fecham o verão e em que você, finalmente, cai na real de que as ilusões que você mesmo criou sob o nome de "resoluções de ano novo" não vão sair da sua vontade. Até porque, talvez, nem sejam mais a sua vontade. Parte das minhas metas já estão sepultadas. Este ano, porém, coloquei-as todas debaixo de um guarda-chuva: "em 2010, vou aprender a ser mais organizado". Todos os objetivos deste ano fariam parte de um "plano de organização da vida". Em parte, estou sendo bem-sucedido. O tema "qualidade de vida", por exemplo, que não sai da minha cabeça, vai bem, obrigado. Qualidade de vida, pra mim, pressupõe mais tempo em casa, com a família, mais leitura, alimentação melhor e diminuição dos cigarros. Para ficar mais tempo em casa, deveria organizar melhor o meu tempo, já que minha jornada de trabalho é de 63 horas semanais, enquanto a maioria das pessoas trabal

Livros putos

[leia ouvindo: Mensagem de Amor , do Paralamas] Tenho lido muita putaria ultimamente, sabe? Fui fazer um balanço de minha vida leitora, e cheguei à conclusão que o tema tem sido recorrente entre as minhas preferências literárias. Ok, não é à toa. Busco inspiração para escrever um livro, porque se eu for escrever alguma coisa que preste, tem que ser sobre putaria. E resolvi listar pra vocês algumas indicações dos meus livros putos. Ah, você sabia que puto/putão, no Rio Grande do Sul, é gay enrustido? Aprendi com a Roniara . Puto, no sul de Minas - você sabia que eu morei seis anos em Alfenas , terra do Rogério Flausino e do Wagner Tiso , verdadeira metrópole? - significa dinheiro. "Tô sem um puto no bolso" é o mesmo que estar completamente sem dinheiro, ou "liso", aqui no DF. Ok, esse parágrafo não tem nada a ver com meus livros putos, só abri esse aposto porque adoro fazer essas comparações de palavras conforme as regiões do país. Ou países, já que o Rio Grand

A inacreditável saga dos sapatos

Sapatos: quem precisa deles? Ok, mulheres, eu sei que vocês os amam. Aliás, passar diante de uma sapataria com a minha mulher é sempre um suplício. Para ela e todas as outras, uma vitrine cheia de sapatos significa um extenuante exercício de rankeamento, tipo "top 50", do mais bonito (coincidentemente, é sempre o mais caro) ao terror e pânico dos pés. O fato é que homem tá o tempo todo cagando pra sapato. Se tem dois pares, beleza, pra quê mais? Eu? Eu só ando de sapatênis. Porque né, não vou trabalhar de tênis (situação ideal), mas não vou foder o meu pé todo dia com sapatos (o mais adequado). Isso porque Deus me ama e me deu dois empregos em que não sou obrigado a usar terno todo dia. Nem camisa e calça social. Mas ontem... Ontem foi um dia surreal. Ontem eu saí do trabalho 1 às 13h20, fui almoçar em casa. Entraria no trabalho 2 às 15h, e partiria para uma audiência pública no Tribunal Superior Eleitoral. Portanto, de terno. Um dos sapatos do meu único velho par, no momen

Ensolarará / alumiará

Quem conhece o meu iPod mental, sabe que ele é podre (portanto, ordinário como o Saudosa Ordinária , do qual faço parte). De Sara Jane a Valesca Popozuda, não há o que passe incólume. Adoro quando estou com raridades ordinárias na cabeça, como "o meu jeito de ser era você, era te amar, não era sofrer", hit do SPC em, sei lá, 1996. É uma forma de afixar um pouco da minha mente perversa na cabeça dos amigos. Certo dia, recebo uma mensagem, tipo, às 01h37. Era a Bela001 , reclamando que "o pinto!" (sim, o do meu pai, que fugiu com a galinha da vizinha e que eu já procurei dia e noite) não a deixava dormir. Sem trocadalhos dos carilhos, ela não pegava no sono porque a música do Raça Pura - essa eu lembro, estreante em dezembro de 1998 - não saía de sua memória. Mas ocorre que eu tenho um lado meio pimba. Sim, eu disse há alguns dias aqui que eu não sou pimba, disse que odeio pimbas, mas parte do Morillo é pimba - não seria por demais pretencioso me chamar de intelectual

Pó pará com PO

Retomei esse blog no "dia do Fico", do Paulo Octávio, ou PO como é conhecido aqui no quadradinho. Hoje, ele renuncia. Neste momento sublime, a letra de uma canção acalenta minh'alma. Lá vai: Pó pará com PO Pó pará com PO aê Estraga tua vida Não faz isso não Tua juventude vai pro beleléu Tem outra saída para diversão Eu quero mais, eu quero mais Meu lugar é o céu Mais aqui: http://migre.me/l3nV

Paixão por cultura

Então. No começo do carnaval, na véspera da partida para São Luís, peguei o livro do Sérgio Maggio, Conversas de Cafetinas, para ler. Sensacionante, como dizem os Ordinários. Em um dos capítulos do livro, está o texto integral de O Cabaré das Donzelas Inocentes, peça também de autoria do Maggio, que fez breve temporada há pouco tempo aqui em Brasília. O título da peça é o nome de um dos bordéis visitados pelo autor para compor o livro-reportagem, e os nomes das personagens (trata-se de um diálogo entre cafetinas) são os nomes das cafetinas que ele entrevistou. Melhor, aos nomes fictícios que ele deu às meninas, exceto Saiana e Cabeluda, que autorizaram o uso dos apelidos que as tornaram famosas. O fato é que o livro é apaixonante. E eu adoro o Maggio. Fiz oficina de crítica teatral com ele, no Cena Contemporânea 2008, e desde então minha admiração só cresce por ele. Bom. Na sequência, peguei pra ler o "Uma paixão por cultura", do Carlos Eduardo Palleta Gomes. Isso foi sexta

Pimbas

Sou ordinário, logo não sou pimba. Até porque... Detesto pimbas e suas pimbarias. E tô escrevendo isso porque adoro falar mal de pimbas. E porque há muito tempo, em outro blog, escrevi um pouco sobre pimbas. E hoje, ao entrar no Overmundo, deparo-me com o destaque: Curiosidades de Brasília: filmes pimbas . Sensacional, o texto - me lembrei do livro Clube do Filme, sobre o qual o amigo Alex Rodrigues resenhou em seu inteligente blog (portanto, não pimba) Semi-fosco, míope e resiliense / e que eu li depois e achei sensacionante. E lembrei do meu texto, de que já falei, mas que agora mando o link, porque tornar a lê-lo me fez viajar e queria compartilhar com você: escrevi sobre The pimbas e os taxistas de Salvador . E você, o que pensa sobre os pimbas?

Gominhos

Neste carnaval, virou sensação entre as mulheres cultivarem aqueles gominhos na barriga - tipo tanquinhos -, trabalhados na academia para expor o quanto sofreram pra chegarem gostosas no carnaval. Mulherada, vamos deixar para as laranjas e tangerinas os gominhos, ok? Na barriga de vocês, ficam feios. Paola Oliveira , você é uma das mais gataças do broadcast tupiniquim. Portanto, não precisa deles. Gracyanne Barbosa , sem comentários para o seu halterofilismo. Neste rol, ainda que o problema não sejam gominhos, quero parabenizar a Viviane Araújo , que cagou no próprio rosto ao aplicar botox. Especialmente se o seu objetivo for ficar como Jocelyn Wildenstein daqui a uns tempos. Felicidades!

Dia do Fico

- Fico puto com esses merdas. - Fico puto com a renúncia da renúncia. - Fico puto com o "Eu fico" de Paulo Octávio, agindo como se fosse Dom Pedro I - "se é para o bem de todos e felicidade geral da Nação, estou pronto! Digam ao povo que fico". Música para este momento: Eu Fico

Bem feito!

É tudo o que posso dizer a todos os que elegeram o Arruda, Paulo Octávio e cia. Nessas horas, dá o maior orgulho de só votar em loosers das urnas. O mentiroso e célebre "juro pela minha família", aos prantos, no púlpito do Senado, demonstrava quem é. Não acreditou, se fodeu. E pra reforçar o que estou dizendo, uma pequena lista dos meus candidatos em 2006, seguida de outra, com quem ganhou: Votei: - Distrital: Francisco do Gás (PSol) - Federal: Maninha (PSol) - Governadora: Arlete Sampaio (PT) - Senador: Agnelo Queirós (então no PCdoB) - Presidente: Heloísa Helena (PSol), no 1º turno, e Lula (PT), no 2º Ganharam: - Distritais: A corja . - Federais: Filipelli (PMDB), Alberto Fraga (PFL, agora Dem), Magela (PT), Augusto Carvalho (PPS), Jofran Frejat (PTB), Rodovalho (PFL, agora Dem), Laerte Bessa (PMDB) e Rollemberg (PSB) - Governador: Arruda - Senador: Roriz (PMDB), que renunciou e deu lugar a Gim Argello (PMDB) - Presidente: Lula (PT) E você, se lembra dos seus candidatos?

Carnaval é Nacional!

Terceiro ano consecutivo de cobertura de carnaval. E como Carnaval é Nacional e "nacional" pressupõe "todo o Brasil" e não "Ceilambódromo", pela primeira vez saí desta Brasólia no período e fui cobrir o carnaval de São Luís (MA). Confesso: minhas expectativas eram nulas, sequer sabia o que encontraria por lá. E me sai, daqueles becos e ruas apertadas do centro da capital, um gigante cultural chamado carnaval de rua, cheio de suingue, samba, ritmo bem cadenciado por batuques de influência afro direta, misturado a marchinhas, frevo, irreverência e muitas, muitas brincadeiras. Sério que, depois desses dias por lá, nem quero saber de Recife. Porque lá é carnaval de rua, mas você consegue andar. E brincar. Saiba mais, acompanhando a minha cobertura. Não está na ordem, releve: Centro de São Luís volta receber o carnaval de rua depois de sete anos de proibição Blocos tradicionais dominam carnaval na capital maranhense Ladrões de Brasília invadem ruas de São Luís

Tarde Sonolenta

Lembra do post "Emprego Novo"? Pois é. A partir dali, o nome deste blog perdeu todo o sentido, já que tudo o que tenho sentido é um sono descomunal. Nem a minha famosa 'insônia de sábado' eu tenho mais. O que significaria não ver mais o Altas Horas (que eu adoro), mas não é verdade, porque taí o Multishow pra tascar a reprise do melhor programa de TV aberta bem no mesmo horário de um dos piores, o Domingão do Faustão. Mas foda-se. Se eu tiver tempo, paciência, e muito saco, recupero algumas das divertidas histórias desde o post "Círio de Nazinha" pra cá. Troquei as madrugas insônes por tardes muuito sonolentas. Tardes como a de hoje, em que faz 19 graus na capital, mas que a sensação térmica é de 50 - os fracos ventos sopram o calor baforento da cidade - e depois de um expediente inteiro de trabalho, almoço mal comido e mais sete horas de labor adiante, só me fazem querer arrego e sentir saudades do tempo em que a insônia era um problema. Tô voltando, se