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Mensagens

A mostrar mensagens de agosto, 2010

O que faz você feliz?

Então. Eu já disse que gosto muito de Brasília aqui? Talvez não, porque costumo não falar muito nisso. Gosto, gosto mesmo. E desde março, tenho andado bastante de ônibus aqui, redescobrindo e resignificando essa cidade. Primeiro, os ipês. Impressionantes, a princípio os rosas, agora os amarelos e já alguns brancos. São bonitos e borbulham na cidade. Depois, os flamboyants, que começam a se exibir, ainda envergonhadamente e já vermelhos. Mas uma das coisas mais bonitas que eu já vi nessa cidade eu não vi de ônibus. Eu vi de carro mesmo. L4 Norte, já quase na Vila Planalto, e no carro à frente, um pássaro grande dá rasantes, tentando acompanhar a velocidade. Não consegue e tenta rasantes no meu. E passa do meu lado, vejo pelo vidro - àquela hora da manhã fria, bem fechado - que não era um pássaro desses normais do dia-a-dia. Era um belo exemplar de arara, daquelas vermelhas com azul e a cara branca. Onde mais eu teria isso? Outra vez, indo pra Águas Claras, naquela pista de fronte

A paz

É, talvez, a única circunstância para a qual é necessária a construção. Porque, nas demais situações, basta que falte o bom antônimo. Exemplo: o escuro é a ausência do claro. Maldade é a falta de bondade. Mas a paz não é a ausência da guerra. A paz só é possível em consenso. Eu vivo em paz, porque não armo confusão com ninguém, não encho o saco alheio e, como disse, às três pessoas que detesto nessa vida eu desejo mais é... Paz! Por isso, não falo delas nunca, a não ser que tenha que me defender. Mas não vou mais nem me defender. Deixarei que digam, que pensem, que falem, que escrevam, que se fodam. A minha alma pode até estar armada e apontada para a cara do sossego, mas na minha paz, ninguém tasca.

Mandar tomar no cu ofende a sua honra?

Não sei quanto a sua, mas te digo que quanto a minha... Não, definitivamente. Posso não querer olhar na sua cara depois, mas te processar por isso seria, pra dizer o mínimo... Bobagem. Estou escrevendo isso para você, que chegou a este blog por meio do link do blog do Mamcasz, e teve a curiosidade de ver o quê, além daquele post-resposta para o post mais idiota que já tinha lido na vida, tem escrito por aqui. Óbvio que ler aquele blog não está entre as minhas atividades cibernéticas mais frequentes - há uma lista aqui do lado com indicações das mais interessantes em termos de blog. Mas no canto direito inferior deste blog, você pode encontrar o selo do SiteMeter, que uso para "aferir a audiência" desta página, e o sistema me indicou que alguns visitantes estariam vindo pra cá por meio de um link naquele blog. O que eu posso te dizer: pessoas existem, sob pseudônimos, metáforas ou referências quaisquer, mas elas existem. Se eu falar Picolé de Chuchu, você vai saber que est

Take 2 da cena sobre racismo

Então. Em abril, eu presenciei uma cena de racismo numa agência do BRB na Asa Norte. Contei aqui, mas caso esteja sem saco para ler o texto inteiro (apesar de achar que ainda vale a pena, é só clicar ), vou resumir: uma senhora impaciente de ter que esperar pela fila se dirigiu, grosseiramente, à atendente negra, culpando-a da pouca celeridade do atendimento por causa de seu tom de pele. Pois então. A minha amiga Ju (ponto) Nunes leu essa história e foi lá. Ela milita no movimento negro e, com outra mulher do movimento, foram à agência e comversaram com ela. Um mês depois da cena. Naquela semana, pela primeira vez, ela conseguia falar sobre o assunto sem chorar. Racismo não dói na pele, dói na alma. O gerente da agência, também negro, as recebeu com interesse. Ali, acertaram um processo por racismo para o qual topei testemunhar - e assim o farei, logo que requisitado. Estou vindo aqui, meses depois de saber do desdobramento, contar essa história porque sempre acabava me esquecendo