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A mostrar mensagens de abril, 2010

Santos 98 anos

Então. Eu sou santista. De nascimento, não de time. Quer dizer, a princípio, era sim, de time também. Foi assim até 1995, quando o Santos perdeu para o Botafogo do Túlio Maravilha a final do Campeonato Brasileiro. Perdeu, não. Deram o perdido. Impediram um gol correto do Santos e omitiram um gol impedido do Bota. Me lembro de ter sofrido como torcedor fanático, de ter querido jogar a minha camiseta do Santos fora e do meu então padrasto me pedindo a camisa para que pudesse usar de pano pra lavar o carro. Sei que, no dia seguinte à derrota, ainda com a cara inchada de chorar (eu tinha 11 anos), decidi que sofrer por futebol era pior do que sofrer pelas crianças da Etiópia: o fundamento do sofrimento 2 era mais nobre, mas ambos os sofrimentos eram vãos, eu não poderia fazer nada. Além do mais, enquanto eu sofria, os caras estariam cagando pra mim e eu não ganharia nem um real com isso. Parei de torcer. Mentira, em 1997, torci pro Grêmio do Paulo Nunes. Em 1999, quando surgiu na série A,

Meio triste

Dias bonitos me deixam meio triste. Fazer o que é preciso e não o que quero me deixa meio triste. Ser dia 13 e já estar completamente sem grana, fico triste. Querer ir embora e saber que não dá? É meio triste pensar. Tentativa de escrever poesia e ficar ruim me deixa triste. Escrever, às vezes, me deixa meio triste. Mas escrevo porque tenho medo de esquecer. E esquecer das coisas me deixa triste.

Pago seu IPVA. Pergunte-me como.

Basta que comprove, junto ao Detran, que mora na minha casa! Daí, ano que vem, pago seu imposto sem comunicá-lo e tudo de uma vez! E quando digo tudo de uma vez, digo cota única, licenciamento anual e seguro obrigatório. Tô ficando louco, você deve estar pensando... Eu também acho, ou melhor, ACHAVA que jamais faria uma merda coisa dessas. Achava, do verbo não-acho-mais. Porque fiz. Salário na conta, quinta passada resolvo ir a um caixa eletrônico do Banco do Brasil perto da minha casa - estava de molho a semana toda por conta de uma conjuntivite - e pego aquele carnê de IPVA, que confortavelmente chegou à minha caixa de correio, comprovando que sou dono de um Pálio Fire Flex 2008. Ok, sou mesmo. Dica: não olhe só este dado num documento. Nunca. Preste atenção nas minúcias. Claro que a improbabilidade disso acontecer com você é gigante, mas comigo aconteceu. Fato é que aquele documento não era do MEU carro, e sim, da antiga dona do meu apartamento. E como ela tem leasing, o carnê

Racismo, o horrível racismo

Eu nunca havia presenciado uma situação de racismo. E, embora não me reconheça como negro, meu tom de pele não nega a negritude de meus antepassados, por isso, me indigno com racismo como se o preconceito fosse direcionado a mim. É impressionante chegarmos ao século 21 e alguém ainda achar que o fenótipo das pessoas é lá grandes coisas ou pré-estabelece capacidades. E racismo, além de doer em mim por reconhecer negros entre meus antepassados, dói pelo tamanho da decepção que provoca - fico menos crente na raça humana quando sei de algo do gênero. Pois hoje, tava eu no BRB, pra pagar umas multas atrasadas. Fui tranquilo, levei um livro porque sabia que ia demorar, e li, li, li... Mais de uma hora depois de chegar, fui atendido. E no momento em que eu era atendido, uma senhora gorda, branca e baixa (em todos os sentidos), se aproximou do caixa ao lado do meu, em que a atendente era negra. Disse algumas palavras inaudíveis pra mim. Não para a atendente. Ao que, no mesmo instante, ela leva