Então. Eu sou santista. De nascimento, não de time. Quer dizer, a princípio, era sim, de time também. Foi assim até 1995, quando o Santos perdeu para o Botafogo do Túlio Maravilha a final do Campeonato Brasileiro. Perdeu, não. Deram o perdido. Impediram um gol correto do Santos e omitiram um gol impedido do Bota. Me lembro de ter sofrido como torcedor fanático, de ter querido jogar a minha camiseta do Santos fora e do meu então padrasto me pedindo a camisa para que pudesse usar de pano pra lavar o carro.
Sei que, no dia seguinte à derrota, ainda com a cara inchada de chorar (eu tinha 11 anos), decidi que sofrer por futebol era pior do que sofrer pelas crianças da Etiópia: o fundamento do sofrimento 2 era mais nobre, mas ambos os sofrimentos eram vãos, eu não poderia fazer nada. Além do mais, enquanto eu sofria, os caras estariam cagando pra mim e eu não ganharia nem um real com isso. Parei de torcer.
Mentira, em 1997, torci pro Grêmio do Paulo Nunes. Em 1999, quando surgiu na série A, torci pro São Caetano. Não, não era virada de casaca. Torcia durante o campeonato porque gostava daqueles futebóis. E, desde então, torço apenas para a seleção brasileira na Copa ou nas Olimpíadas. Acho que ainda não contei pra vocês que tenho uma séria tendência aos vícios e paixões e fanatismos, então essa é uma forma de me centrar.
O fato é que agora eu tenho um filho homem, e não sei mais se não torcer será ou não uma boa referência para ele. Não pela necessidade de que ele seja macho, mas pelo lugar no mundo que a criança cria, quando muito pequena: sou brasiliense, gosto da cor azul, torço pelo time tal. E o time da mãe dele, quer dizer, o que ela diz que torce, é um time tão antipático (pra não entrar nas piadinhas tolas), que sei lá... É o São Paulo.
Então, pelo menos por hora (e já que está por cima da carne seca mesmo, com uma molecada fazendo futebol bonito), voltei a ser torcedor do Santos. É só o que tenho a dizer. E parabéns ao time, pelos 98 anos.
Sei que, no dia seguinte à derrota, ainda com a cara inchada de chorar (eu tinha 11 anos), decidi que sofrer por futebol era pior do que sofrer pelas crianças da Etiópia: o fundamento do sofrimento 2 era mais nobre, mas ambos os sofrimentos eram vãos, eu não poderia fazer nada. Além do mais, enquanto eu sofria, os caras estariam cagando pra mim e eu não ganharia nem um real com isso. Parei de torcer.
Mentira, em 1997, torci pro Grêmio do Paulo Nunes. Em 1999, quando surgiu na série A, torci pro São Caetano. Não, não era virada de casaca. Torcia durante o campeonato porque gostava daqueles futebóis. E, desde então, torço apenas para a seleção brasileira na Copa ou nas Olimpíadas. Acho que ainda não contei pra vocês que tenho uma séria tendência aos vícios e paixões e fanatismos, então essa é uma forma de me centrar.
O fato é que agora eu tenho um filho homem, e não sei mais se não torcer será ou não uma boa referência para ele. Não pela necessidade de que ele seja macho, mas pelo lugar no mundo que a criança cria, quando muito pequena: sou brasiliense, gosto da cor azul, torço pelo time tal. E o time da mãe dele, quer dizer, o que ela diz que torce, é um time tão antipático (pra não entrar nas piadinhas tolas), que sei lá... É o São Paulo.
Então, pelo menos por hora (e já que está por cima da carne seca mesmo, com uma molecada fazendo futebol bonito), voltei a ser torcedor do Santos. É só o que tenho a dizer. E parabéns ao time, pelos 98 anos.
o santos é uma boa escolha. mas no aniversário de 1 ano darei uma camisa do mengão ao pedrinho!
ResponderEliminarOrdinário! Detesto seu time.
ResponderEliminarSó não vou ficar muito puto pq o avô dele é flamenguista.