Avançar para o conteúdo principal

No busão

Passei incólume ao dia mundial sem carro, colaborando pra tudo continuar uma merda tanto no trânsito quanto nos estacionamentos. Mas agora fiquei sem carro por dois dias, já que o levei pra revisão, e não pude escapar do ônibus para buscar o carro (jamais pagaria tipo 50 lascas só pra ir da Asa Norte ao SIA de táxi). Então levantei cedo e fui. No bolso, documentos, cigarros, chave. Comigo, apenas o livro "Clube do Filme", do David Gilmour (tô perto da metade e recomendo com força).

Quem depende de transporte público em Brasília sabe o quanto é um cu desagradável. Então levar um livro foi meio que um mecanismo de defesa pra tentar dar um pouco de sentido poético a uma situação mala. Há um ano e meio eu não entrava num coletivo. E foi tipo ok. L2 Norte, Rodoviária (#fail), outro busão, SIA. Nada de carro pronto, transporte de clientes com George Michael na tevêzinha da van da Bali.

Frustração. Na ida ao trabalho, à tarde, pegar mais um busão. E não é que foi massa? Passar pelo trecho do fim da L2 Norte e ver o Lago, estar no trabalho em pouco mais de 20 minutos e, melhor de tudo, não ter que dispender nenhuma dose de paciência e bom humor na busca por uma vaga não tem preço. Claro que como pessoa que lida com questões ambientais no dia a dia do trabalho, já havia pensado zilhões de vezes nisso - começar a deixar o carro em casa e ir pro trampo de busu. E a preguiça de agir?

Comentários

Mensagens populares deste blogue

O "nosso general" é... Cristo?

O contrabaixo começa um dedilhado e o coração parece compassar igual. Entram guitarra, teclado, bateria de leve. E a voz: "pelo Senhor marchamos sim. O seu exército poderoso é. Sua glória será vista em toda a Terra"... A indiferença dos indiferentes, a essa altura, já se desfez: virou incômodo ou pura emoção. E segue: "vamos cantar o canto da vitória: GLÓRIA A DEUS!" - esse "Glória a Deus!" solto feito um grito de guerra. E a melodia descamba pra algo que enche o peito, e você se sente verdadeiramente parte de uma comunidade. Parece ligado à mesma frequência dos demais, os que dividem o salão contigo. "Vencemos a batalha! Toda arma contra nós perecerá!" (num arranjo vocal, o que faz a segunda voz solta um "pereceráááá", num estilo meio hard rock, parece chegar ao âmago do ser). "O nosso general é Cristo! Seguimos os seus passos! Nenhum inimigo nos resistirá!", entoa forte o refrão. E a essa altura, não há no salão quem não est

Revisão de planos / Resoluções 2012

Há exatamente um ano e 10 dias foi a última vez em que apareci por aqui. Até passei algumas vezes, ao longo de 2011, para dar uma lida em alguma coisa, mas o ano foi tão complexo e intenso, em termos virtuais, que faltou espaço para escrever por aqui. Pois bem. Resolvi retomar hoje a minha lista de metas para o ano, em busca de saber a quantas andaram e o quão bem ou mal sucedido fui. Look it: - Comprar uma tesourinha pequena pra aparar os pêlos do nariz. SUCESSO. Foi a mais bem sucedida de todas as metas. Comprei a tesourinha logo no início de 2011, e ela segue em 2012 firme e forte, ao meu lado. - Apodrecer de tanto ganhar dinheiro. HA HA HA HA. Até parece... Mas não tô podendo reclamar também. Não foi um ano de apertos ou dificuldades financeiras, graças a Deus. - Assistir aos filmes que comprei com afinco, nos últimos dois anos, e que não assisti porque meu DVD esteve quebrado em 2010 - tipo... burro, né? - e já que agora eu comprei outro aparelho. FRACASSO. Todos

Pago seu IPVA. Pergunte-me como.

Basta que comprove, junto ao Detran, que mora na minha casa! Daí, ano que vem, pago seu imposto sem comunicá-lo e tudo de uma vez! E quando digo tudo de uma vez, digo cota única, licenciamento anual e seguro obrigatório. Tô ficando louco, você deve estar pensando... Eu também acho, ou melhor, ACHAVA que jamais faria uma merda coisa dessas. Achava, do verbo não-acho-mais. Porque fiz. Salário na conta, quinta passada resolvo ir a um caixa eletrônico do Banco do Brasil perto da minha casa - estava de molho a semana toda por conta de uma conjuntivite - e pego aquele carnê de IPVA, que confortavelmente chegou à minha caixa de correio, comprovando que sou dono de um Pálio Fire Flex 2008. Ok, sou mesmo. Dica: não olhe só este dado num documento. Nunca. Preste atenção nas minúcias. Claro que a improbabilidade disso acontecer com você é gigante, mas comigo aconteceu. Fato é que aquele documento não era do MEU carro, e sim, da antiga dona do meu apartamento. E como ela tem leasing, o carnê