Então.
Eu já disse que gosto muito de Brasília aqui? Talvez não, porque costumo não falar muito nisso. Gosto, gosto mesmo. E desde março, tenho andado bastante de ônibus aqui, redescobrindo e resignificando essa cidade. Primeiro, os ipês. Impressionantes, a princípio os rosas, agora os amarelos e já alguns brancos. São bonitos e borbulham na cidade. Depois, os flamboyants, que começam a se exibir, ainda envergonhadamente e já vermelhos.
Mas uma das coisas mais bonitas que eu já vi nessa cidade eu não vi de ônibus. Eu vi de carro mesmo. L4 Norte, já quase na Vila Planalto, e no carro à frente, um pássaro grande dá rasantes, tentando acompanhar a velocidade. Não consegue e tenta rasantes no meu. E passa do meu lado, vejo pelo vidro - àquela hora da manhã fria, bem fechado - que não era um pássaro desses normais do dia-a-dia. Era um belo exemplar de arara, daquelas vermelhas com azul e a cara branca. Onde mais eu teria isso?
Outra vez, indo pra Águas Claras, naquela pista de fronte à antiga Rodoferroviária e já quase na Estrutural, um tucano cortou o nosso caminho - estava com minha mulher e meu filho. Essa cidade é foda.
Só que eu te digo que abriria mão dos ipês coloridos, araras e tucanos por um pouco de poluição e tumulto, mas também por ótimas pizzas, cozinha internacional e agito noturno. Trocaria, pelo menos hoje.
Hoje eu tava a fim de pegar minhas coisas e meus amores e ir pra São Paulo.
Eu não nasci lá. Não na capital, mas logo ali, abaixo do barranco. Um espirro rumo ao litoral e pá, está na minha cidade. Incrível esse tal de sentimento de pertencimento, de terra. Hoje eu queria. Mesmo. Amanhã, não sei.
Eu já disse que gosto muito de Brasília aqui? Talvez não, porque costumo não falar muito nisso. Gosto, gosto mesmo. E desde março, tenho andado bastante de ônibus aqui, redescobrindo e resignificando essa cidade. Primeiro, os ipês. Impressionantes, a princípio os rosas, agora os amarelos e já alguns brancos. São bonitos e borbulham na cidade. Depois, os flamboyants, que começam a se exibir, ainda envergonhadamente e já vermelhos.
Mas uma das coisas mais bonitas que eu já vi nessa cidade eu não vi de ônibus. Eu vi de carro mesmo. L4 Norte, já quase na Vila Planalto, e no carro à frente, um pássaro grande dá rasantes, tentando acompanhar a velocidade. Não consegue e tenta rasantes no meu. E passa do meu lado, vejo pelo vidro - àquela hora da manhã fria, bem fechado - que não era um pássaro desses normais do dia-a-dia. Era um belo exemplar de arara, daquelas vermelhas com azul e a cara branca. Onde mais eu teria isso?
Outra vez, indo pra Águas Claras, naquela pista de fronte à antiga Rodoferroviária e já quase na Estrutural, um tucano cortou o nosso caminho - estava com minha mulher e meu filho. Essa cidade é foda.
Só que eu te digo que abriria mão dos ipês coloridos, araras e tucanos por um pouco de poluição e tumulto, mas também por ótimas pizzas, cozinha internacional e agito noturno. Trocaria, pelo menos hoje.
Hoje eu tava a fim de pegar minhas coisas e meus amores e ir pra São Paulo.
Eu não nasci lá. Não na capital, mas logo ali, abaixo do barranco. Um espirro rumo ao litoral e pá, está na minha cidade. Incrível esse tal de sentimento de pertencimento, de terra. Hoje eu queria. Mesmo. Amanhã, não sei.
num troco brasília por nda.
ResponderEliminare pior, tucanos, araras ipês e outros mais tão perdendo espaço... conhece o noroeste? pois é. várias dessas coisas ficavam lá onde vão estar os prédios agora.