So good.
Chega essa época do ano e, é inevitável, faço aquele balanço do ano. Tenho a sorte de, desde 1995, só ter saldos positivos nessas avaliações. A propósito, aquele ano foi o de mudanças drásticas e terríveis na minha vida: perdi a minha avó, que me criava até então. O Santos perdeu o campeonato brasileiro e eu me mudei de Santos, uma cidade que é mega legal, para Alfenas (MG), que é bem legal, mas eu não tinha nenhum motivo pra crer nisso à época.
E este? Pra fazer um balanço melhor, eu teria que reler cada e-mail da lista dos meus amigos da Saudosa Ordinária - uma trupe de seis pessoas que só se comportam/fazem/falam/pensam/escrevem merda. É que esses amigos, fora a Pri, são de minha convivência virtual quase diária. Com eles, compartilho os principais fatos, tudo enfim. É bom. Mas eu não vou fazer isso não.
Se eu puder resumir esse ano a uma palavra, ela é: trabalho. Fiz um cálculo rápido, que me trouxe conclusões terríveis. Olha só:
O ano tem 365 dias, sendo que 104 deles, em média, são sábado e domingo. Sobram 261. Tirei uns 10 dias de folgas, contando o abono e o recesso de ano novo (detalhe: folga, só no emprego da tarde. de manhã, não tirei nenhuma). Além disso, uns oito dias de atestados e uma folga ou outra. Sobraram 243. Somam-se os plantões, que foram em pelo menos 20 finais de semana em que dei plantão. No total, 3259 horas de trabalho (dois empregos, um de 7 e um de 6 horas de jornada - e eu sempre estouro horário, mas não somei). Ou seja, 135,7916666... Aquela dízima periódica... Dias de trabalho!
Bom, né? E o salário, ó...
But, nem tudo são espinhos nessa vida. Ganhei o meu próprio programa de cultura na Nacional da Amazônia, o Mosaico. E é a realização de um sonho. Passei à apresentação do programa que eu editava na Rádio Justiça. Cobri o carnaval de São Luís, recebi cartas e carinhos de ouvintes, fiz tanta coisa legal que não dá mesmo pra reclamar.
Perdi amigos, como o Arrais e, agora, a Belkis. A Belkis não era amiga, mas esposa de um colega dos dois trabalhos e era minha colega de faculdade. As três ordinárias do Saudosa perderam suas vovós. Tive ataque de pânico, achei que eu fosse ficar pinel.
Entrei pra vida sindical, no Sindicato dos Jornalistas do DF, participei de eleições e foi enriquecedor. Mês passado, virei síndico do meu condomínio. Fiz cursos de Economia da Cultura e Economia Criativa e, agora, fiz o Aprenda a Investir na Bolsa de Valores. E me tornei pós-graduando de Gestão Cultural.
Visitei amigos queridos em Belo Horizonte, viajando com outros amigos queridos. Conheci a capital do estado que foi meu por cinco anos. E o museu de Inhotim, em Brumadinho, onde reencontrei uma amiga de infância que não vejo há uns bons 10 anos. E o melhor: sem querer.
Fui a São Paulo, reparticipar da Bienal de Artes, que não frequentava há 16 anos - oito mostras! E vi a Norah Jones cantar, conheci o Lobão, fiz balada e vi exposições, e pela primeira vez me hospedei em hostel. E o melhor: revi amigos, com quem pude partilhar bons desses momentos. Ah, e me aventurei de Webjet. Acho que não quero mais não... Hehehe.
Festar? Como festejei. Fiz das jacas as minhas pantufas. Ou botas, como diz uma amiga que festou o aniversário ontem. Teve o Suvaco da Asa, que foi ótimo, lá no começo do ano. Os 50 anos de Brasília, o aniversário do meu filho - um ano! - e teve o da minha mãe, em São Paulo (ela mora aqui, mas os amigos estão lá), e teve os quatro casamentos de quatro casais que gosto muito.
Posso preparar um post inteiro só sobre festas, enfim. As de coleguinhas, fui em várias: Prêmio CNT de Jornalismo, Prêmio Engenho, Prêmio AMB (anteontem). Aniversários, tenho a consciência de que fui em todos, menos o da Lili (não deu!), e um ou outro que eu não pude participar por motivos de força maior. Teve o Festival de Cinema, maravilhoso como sempre.
E os shows? Não fui a muitos, mas os que fui foram tão bons e inéditos que tenho dúvidas se vou a outros melhores. Claro que vou, Rock in Rio in Rio mesmo tá aí pra eu ver o Red Hot Chilli Peppers, né? Mas os destaques do ano, fora os já citados: Fernanda Takai, A-Ha e, claro, Franz Ferdinand - que eu não paro de ouvir nenhum dia. Tristezas: perdi pelo menos três shows do Nando Reis e um do Nenhum de Nós. 2011 resolva essa lacuna.
Cinema: zero. Nenhum filme no ano - fora os de abertura e encerramento do Festival. Lacuna. Teatro: poucas peças. Cena Contemporânea, não pude aproveitar porque foi bem no período ataque de pânico, então 2011 resolva. Dona Flor e Seus Dois Maridos, sensacional. E livros... Comecei o ano na maior empolgação, mas tempo que é good, nós não have e eu to sentindo muita falta. Mas ainda tô acima da média do brasileiro, o que já me conforta.
E sabe de um projeto que era pra sair da intenção esse ano e que não saiu, mas que a perspectiva é grande pra 2011? Voltar a fazer teatro. Lancei a semente, mas o quê exatamente eu não conto, só se rolar, e quando rolar. Só digo que é massa.
Bar do ano? Hookah. 209 Norte, bar árabe, do qual tenho a honra de ser cliente fundador e amizade com o dono. Foram muitas visitas ao lugar em 2010. E que 2011 dê seguimento. Falando em 2011 (já falei até demais), vamos resolver logo esse post e cumprir a promessa do título: fazer as resoluções do ano bom. Como já me cansei de frustração à toa, as resoluções para os próximos 365 dias são:
- Comprar uma tesourinha pequena pra aparar os pêlos do nariz.
- Apodrecer de tanto ganhar dinheiro.
- Assistir aos filmes que comprei com afinco, nos últimos dois anos, e que não assisti porque meu DVD esteve quebrado em 2010 - tipo... burro, né? - e já que agora eu comprei outro aparelho.
- Não comprar nenhum livro, à exceção do do Cuenca, que é o último da coleção Amores Expressos. É que eu tenho um monte que eu nem senti o cheiro ainda, mas comprei por pura impulsividade.
- Fazer mais uma tatuagem.
- Ir ao Rio de Janeiro. Porque né, 12 anos sem ir lá é quase falta de vergonha na cara.
- E a resolução ambiciosa é: tirar férias em uma viagem pra Londres.
- Ah, pra isso preciso aprimorar o inglês, né? É um lixo.
* Você deve ter sentido falta de eu ter falado sobre minha família. Não vou falar neste post, mas em outro. Mas te adianto que tá tudo bem e que eu tô bem feliz em casa. E que o meu filho é a coisa mais incrível que já aconteceu na minha vida, em todo o Brasil.
Chega essa época do ano e, é inevitável, faço aquele balanço do ano. Tenho a sorte de, desde 1995, só ter saldos positivos nessas avaliações. A propósito, aquele ano foi o de mudanças drásticas e terríveis na minha vida: perdi a minha avó, que me criava até então. O Santos perdeu o campeonato brasileiro e eu me mudei de Santos, uma cidade que é mega legal, para Alfenas (MG), que é bem legal, mas eu não tinha nenhum motivo pra crer nisso à época.
E este? Pra fazer um balanço melhor, eu teria que reler cada e-mail da lista dos meus amigos da Saudosa Ordinária - uma trupe de seis pessoas que só se comportam/fazem/falam/pensam/escrevem merda. É que esses amigos, fora a Pri, são de minha convivência virtual quase diária. Com eles, compartilho os principais fatos, tudo enfim. É bom. Mas eu não vou fazer isso não.
Se eu puder resumir esse ano a uma palavra, ela é: trabalho. Fiz um cálculo rápido, que me trouxe conclusões terríveis. Olha só:
O ano tem 365 dias, sendo que 104 deles, em média, são sábado e domingo. Sobram 261. Tirei uns 10 dias de folgas, contando o abono e o recesso de ano novo (detalhe: folga, só no emprego da tarde. de manhã, não tirei nenhuma). Além disso, uns oito dias de atestados e uma folga ou outra. Sobraram 243. Somam-se os plantões, que foram em pelo menos 20 finais de semana em que dei plantão. No total, 3259 horas de trabalho (dois empregos, um de 7 e um de 6 horas de jornada - e eu sempre estouro horário, mas não somei). Ou seja, 135,7916666... Aquela dízima periódica... Dias de trabalho!
Bom, né? E o salário, ó...
But, nem tudo são espinhos nessa vida. Ganhei o meu próprio programa de cultura na Nacional da Amazônia, o Mosaico. E é a realização de um sonho. Passei à apresentação do programa que eu editava na Rádio Justiça. Cobri o carnaval de São Luís, recebi cartas e carinhos de ouvintes, fiz tanta coisa legal que não dá mesmo pra reclamar.
Perdi amigos, como o Arrais e, agora, a Belkis. A Belkis não era amiga, mas esposa de um colega dos dois trabalhos e era minha colega de faculdade. As três ordinárias do Saudosa perderam suas vovós. Tive ataque de pânico, achei que eu fosse ficar pinel.
Entrei pra vida sindical, no Sindicato dos Jornalistas do DF, participei de eleições e foi enriquecedor. Mês passado, virei síndico do meu condomínio. Fiz cursos de Economia da Cultura e Economia Criativa e, agora, fiz o Aprenda a Investir na Bolsa de Valores. E me tornei pós-graduando de Gestão Cultural.
Visitei amigos queridos em Belo Horizonte, viajando com outros amigos queridos. Conheci a capital do estado que foi meu por cinco anos. E o museu de Inhotim, em Brumadinho, onde reencontrei uma amiga de infância que não vejo há uns bons 10 anos. E o melhor: sem querer.
Fui a São Paulo, reparticipar da Bienal de Artes, que não frequentava há 16 anos - oito mostras! E vi a Norah Jones cantar, conheci o Lobão, fiz balada e vi exposições, e pela primeira vez me hospedei em hostel. E o melhor: revi amigos, com quem pude partilhar bons desses momentos. Ah, e me aventurei de Webjet. Acho que não quero mais não... Hehehe.
Festar? Como festejei. Fiz das jacas as minhas pantufas. Ou botas, como diz uma amiga que festou o aniversário ontem. Teve o Suvaco da Asa, que foi ótimo, lá no começo do ano. Os 50 anos de Brasília, o aniversário do meu filho - um ano! - e teve o da minha mãe, em São Paulo (ela mora aqui, mas os amigos estão lá), e teve os quatro casamentos de quatro casais que gosto muito.
Posso preparar um post inteiro só sobre festas, enfim. As de coleguinhas, fui em várias: Prêmio CNT de Jornalismo, Prêmio Engenho, Prêmio AMB (anteontem). Aniversários, tenho a consciência de que fui em todos, menos o da Lili (não deu!), e um ou outro que eu não pude participar por motivos de força maior. Teve o Festival de Cinema, maravilhoso como sempre.
E os shows? Não fui a muitos, mas os que fui foram tão bons e inéditos que tenho dúvidas se vou a outros melhores. Claro que vou, Rock in Rio in Rio mesmo tá aí pra eu ver o Red Hot Chilli Peppers, né? Mas os destaques do ano, fora os já citados: Fernanda Takai, A-Ha e, claro, Franz Ferdinand - que eu não paro de ouvir nenhum dia. Tristezas: perdi pelo menos três shows do Nando Reis e um do Nenhum de Nós. 2011 resolva essa lacuna.
Cinema: zero. Nenhum filme no ano - fora os de abertura e encerramento do Festival. Lacuna. Teatro: poucas peças. Cena Contemporânea, não pude aproveitar porque foi bem no período ataque de pânico, então 2011 resolva. Dona Flor e Seus Dois Maridos, sensacional. E livros... Comecei o ano na maior empolgação, mas tempo que é good, nós não have e eu to sentindo muita falta. Mas ainda tô acima da média do brasileiro, o que já me conforta.
E sabe de um projeto que era pra sair da intenção esse ano e que não saiu, mas que a perspectiva é grande pra 2011? Voltar a fazer teatro. Lancei a semente, mas o quê exatamente eu não conto, só se rolar, e quando rolar. Só digo que é massa.
Bar do ano? Hookah. 209 Norte, bar árabe, do qual tenho a honra de ser cliente fundador e amizade com o dono. Foram muitas visitas ao lugar em 2010. E que 2011 dê seguimento. Falando em 2011 (já falei até demais), vamos resolver logo esse post e cumprir a promessa do título: fazer as resoluções do ano bom. Como já me cansei de frustração à toa, as resoluções para os próximos 365 dias são:
- Comprar uma tesourinha pequena pra aparar os pêlos do nariz.
- Apodrecer de tanto ganhar dinheiro.
- Assistir aos filmes que comprei com afinco, nos últimos dois anos, e que não assisti porque meu DVD esteve quebrado em 2010 - tipo... burro, né? - e já que agora eu comprei outro aparelho.
- Não comprar nenhum livro, à exceção do do Cuenca, que é o último da coleção Amores Expressos. É que eu tenho um monte que eu nem senti o cheiro ainda, mas comprei por pura impulsividade.
- Fazer mais uma tatuagem.
- Ir ao Rio de Janeiro. Porque né, 12 anos sem ir lá é quase falta de vergonha na cara.
- E a resolução ambiciosa é: tirar férias em uma viagem pra Londres.
- Ah, pra isso preciso aprimorar o inglês, né? É um lixo.
* Você deve ter sentido falta de eu ter falado sobre minha família. Não vou falar neste post, mas em outro. Mas te adianto que tá tudo bem e que eu tô bem feliz em casa. E que o meu filho é a coisa mais incrível que já aconteceu na minha vida, em todo o Brasil.
E viva o Pedroca!
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