Sapatos: quem precisa deles? Ok, mulheres, eu sei que vocês os amam. Aliás, passar diante de uma sapataria com a minha mulher é sempre um suplício. Para ela e todas as outras, uma vitrine cheia de sapatos significa um extenuante exercício de rankeamento, tipo "top 50", do mais bonito (coincidentemente, é sempre o mais caro) ao terror e pânico dos pés. O fato é que homem tá o tempo todo cagando pra sapato. Se tem dois pares, beleza, pra quê mais?
Eu? Eu só ando de sapatênis. Porque né, não vou trabalhar de tênis (situação ideal), mas não vou foder o meu pé todo dia com sapatos (o mais adequado). Isso porque Deus me ama e me deu dois empregos em que não sou obrigado a usar terno todo dia. Nem camisa e calça social. Mas ontem... Ontem foi um dia surreal. Ontem eu saí do trabalho 1 às 13h20, fui almoçar em casa. Entraria no trabalho 2 às 15h, e partiria para uma audiência pública no Tribunal Superior Eleitoral. Portanto, de terno.
Um dos sapatos do meu único velho par, no momento em que eu coloquei o pé, cedeu todo o seu solado. Explico: a sola estava gasta, muito gasta. Tão gasta, que havia um buraco no meio. Sim, se eu saísse na chuva, arriscava encharcar todo o meu pé. O couro e a borracha davam sinais de que não aguentariam o uso mais nenhuma vez. Ainda assim, atrasado, insisti em usá-lo. Em vão.
Liguei na redação, comuniquei o problema à minha editora - parecia aquelas desculpas de criança, quando inventa que o cachorro comeu o caderno para despistar o fato de não ter feito a lição de casa - e fui atrás de um par novo. Calçado com sapatos caramelo (é, não tinha só um par, tenho mais dois caramelos que não combinam com terno algum que eu tenha - dois pretos e um azul marinho). "O que o senhor procura?", disse o cara da Pollyele. "Um sapato. Preto. Esse aqui. Quanto é?". Módicos R$59,90. "Mais alguma coisa, quer ver um tênis?". Não broder. Tô com pressa, no meio do meu trabalho, atrasado. O cara VOOU pro depósito, buscou um par 40 e outro 41 (dependendo da fôrma, meu pé é 41), experimentei o 40 e deu certo. Saí com ele, só não fiquei isento de pagar o estacionamento porque o Conjunto Nacional não tem tolerância de 15 min. Módicos 4 contos.
Já seria bizarro fazer isso tudo na hora do trabalho, mas teve mais. Ao dar partida no carro do estacionamento do shopping, escuro que só ele, percebo a luz que vinha não do fim do túnel, mas do painel: provavelmente havia apenas um peido de gasolina pra alimentar meu possante. Posto. Atraso. Pauta. E, na esquina para chegar ao posto, um colega de trabalho aparece. Abasteço, dou uma mini-carona, sigo para o TSE clamando por Nossa Senhora das Vagas, que é sempre providente.
Com a benção dela, às 16h em ponto, chego à sala de audiências da Corte Eleitoral. Tudo certo? Óbvio que não. Meu gravador não liga, percebo que a pilha, como o mamute, virou merdaa. Vou gravar pelo celular, mas que raio de formato de arquivo .amr é esse? Meu editor de áudio só lê .mp3, não tem jeito. Pensando sabiamente em suicídio, depois de ligar para a editora de novo (afinal, desgraça pouca é bobagem), eis que ela aparece. Minha amiga Carolina Pimentel, colega da Agência Brasil e tb da Rádio Justiça. E com um gravador novinho em folha na bolsa.
Quando deu 17h30, depois de cinco entrevistas, partiu redação. Entrar ao vivo no jornal das 18h45, consolidar matéria e ser feliz. Depois de toda essa saga, quem não merece uma Antarctica gelada? Desde já, aguardo convites.
Eu? Eu só ando de sapatênis. Porque né, não vou trabalhar de tênis (situação ideal), mas não vou foder o meu pé todo dia com sapatos (o mais adequado). Isso porque Deus me ama e me deu dois empregos em que não sou obrigado a usar terno todo dia. Nem camisa e calça social. Mas ontem... Ontem foi um dia surreal. Ontem eu saí do trabalho 1 às 13h20, fui almoçar em casa. Entraria no trabalho 2 às 15h, e partiria para uma audiência pública no Tribunal Superior Eleitoral. Portanto, de terno.
Um dos sapatos do meu único velho par, no momento em que eu coloquei o pé, cedeu todo o seu solado. Explico: a sola estava gasta, muito gasta. Tão gasta, que havia um buraco no meio. Sim, se eu saísse na chuva, arriscava encharcar todo o meu pé. O couro e a borracha davam sinais de que não aguentariam o uso mais nenhuma vez. Ainda assim, atrasado, insisti em usá-lo. Em vão.
Liguei na redação, comuniquei o problema à minha editora - parecia aquelas desculpas de criança, quando inventa que o cachorro comeu o caderno para despistar o fato de não ter feito a lição de casa - e fui atrás de um par novo. Calçado com sapatos caramelo (é, não tinha só um par, tenho mais dois caramelos que não combinam com terno algum que eu tenha - dois pretos e um azul marinho). "O que o senhor procura?", disse o cara da Pollyele. "Um sapato. Preto. Esse aqui. Quanto é?". Módicos R$59,90. "Mais alguma coisa, quer ver um tênis?". Não broder. Tô com pressa, no meio do meu trabalho, atrasado. O cara VOOU pro depósito, buscou um par 40 e outro 41 (dependendo da fôrma, meu pé é 41), experimentei o 40 e deu certo. Saí com ele, só não fiquei isento de pagar o estacionamento porque o Conjunto Nacional não tem tolerância de 15 min. Módicos 4 contos.
Já seria bizarro fazer isso tudo na hora do trabalho, mas teve mais. Ao dar partida no carro do estacionamento do shopping, escuro que só ele, percebo a luz que vinha não do fim do túnel, mas do painel: provavelmente havia apenas um peido de gasolina pra alimentar meu possante. Posto. Atraso. Pauta. E, na esquina para chegar ao posto, um colega de trabalho aparece. Abasteço, dou uma mini-carona, sigo para o TSE clamando por Nossa Senhora das Vagas, que é sempre providente.
Com a benção dela, às 16h em ponto, chego à sala de audiências da Corte Eleitoral. Tudo certo? Óbvio que não. Meu gravador não liga, percebo que a pilha, como o mamute, virou merdaa. Vou gravar pelo celular, mas que raio de formato de arquivo .amr é esse? Meu editor de áudio só lê .mp3, não tem jeito. Pensando sabiamente em suicídio, depois de ligar para a editora de novo (afinal, desgraça pouca é bobagem), eis que ela aparece. Minha amiga Carolina Pimentel, colega da Agência Brasil e tb da Rádio Justiça. E com um gravador novinho em folha na bolsa.
Quando deu 17h30, depois de cinco entrevistas, partiu redação. Entrar ao vivo no jornal das 18h45, consolidar matéria e ser feliz. Depois de toda essa saga, quem não merece uma Antarctica gelada? Desde já, aguardo convites.
Sério, banho de mar pra tirar a uruca e saída ordinária.
ResponderEliminarhahahahahaha!!!!
Passei mal de rir. Mas só pq se resolveu, amigo. Senão, eu teria ido te socorrer.
kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk!
Agora toma vergonha e compra um sapato reserva antes ue esse derreta no seu pé.
auehaeuehuheauaehuaehaeuhaeuaehuaehaeuehuaehauehaeuhaeuaheuaehuaehaeuaehuaehuaehaeueaheauheauaehuaehaeuhaehuaehuaehaeuaheuaehaueheauhaeuaehuaehaeuhaeueahueheauhaeuhaeuhaeuaehueahuaeheauhaeuaehuaehe
ResponderEliminarsó posso rir!
auehueahueheauhaeuaehuahuaehaeuhuahaeuhueahaeuaheuaehauehaeuhaeuaehuaehuaehaeuheuaehauehuaehaeuheauheuheuaheueahue